Projetos institucionais

Última Atualização: Segunda, 12 Dezembro 2016

Grande parte do corpo docente do PPG realiza pesquisas dentro de convênios nacionais e internacionais ou projetos conjuntos com outras instituições. Estes também vêm financiando os trabalhos de vários alunos. Vários professores do corpo docente do PPG atuam como coordenadores destes convênios.

Os principais projetos institucionais vigentes no INPA atualmente, nos quais atuam docentes do PPG são:

Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT) -  Os INCTs são grandes projetos integrados de excelência científica financiados pelo CNPq e são considerados estratégicos para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. Eles representam o maior investimento em financiamento da pesquisa no Brasil nos últimos anos. A Amazônia, que contém mais da metade do território nacional, precisa deste tipo de investimento para alavancar seu desenvolvimento econômico, social e ambiental de forma sustentável, mas apenas nove dos 122 INCT aprovados em sua primeira fase estão sediados na Amazônia. Destes, quatro são coordenados por pesquisadores do INPA, integrando as linhas de pesquisa de excelência do INPA em avaliação de biodiversidade (INCT Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica, INCT-CENBAM), serviços ambientais (INCT Serviços Ambientais da Amazônia, INCT-SERVAMB), ecologia e evolução em ambientes aquáticos (INCT Adaptações da Biota Aquática da Amazônia, INCT-ADAPTA) e dinâmica florestal (INCT Madeiras da Amazônia). O INCT-CENBAM é coordenado por William Magnusson, o INCT-SERVAMB é coordenado por Philip Fearnside, e vários docentes do PPG-Ecologia participam do INCT-ADAPTA.

PROGRAMA PPBIO  - Em 2004 foi instalado o Programa de Pesquisa em Biodiversidade do INPA (PPBio/INPA), financiado pelo MCT. O Programa foi concebido na Amazônia, para promover a criação de infraestrutura de pesquisa e capacitação de recursos humanos para pesquisa em áreas afastadas dos polos de pesquisa científica na Amazônia. Hoje o Programa tem âmbito nacional, mas seus principais núcleos executores estão situados na Amazônia e são coordenados pelo INPA na Amazônia Ocidental. O INPA desenvolveu o sistema de amostragem RAPELD e a política de dados associada, usados em todos os núcleos do Programa, inclusive no exterior. O PPBio do Inpa tem um papel crítico na consolidação de núcleos executores em outras regiões do País e na transferência do sistema de amostragem para órgãos e agências de tomada de decisão, como o IBAMA e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Já existem núcleos regionais do PPBio em Roraima, com base na UFRR, em Rondônia, com base na UNIR, no Acre, com base na UFAC, no Amapá, com base na UNIFAP, todos com participação do IBAMA e da Embrapa de cada estado. O PPBio está integrado com as atividades do INCT-CENBAM. Ambos PPBio-INPA e INCT-CENBAM são coordenados por William Magnusson. 

PROJETO PDBFF - O Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), que completa 37 anos de existência em 2016, é o primeiro experimento em larga escala para avaliação das consequências da fragmentação florestal nos trópicos. O PDBFF é coordenado pelo INPA em parceria com o Instituto Smithsonian (EUA) e estabeleceu um programa de monitoramento da biodiversidade em um complexo de floresta intacta e fragmentada, criando um dos pouquíssimos bancos de dados de longo prazo para populações, indivíduos e processos ecológicos nos trópicos. O PDBFF apoiou os projetos de 200 alunos de pós-graduação, o treinamento de mais de 800 estagiários e a participação de mais de 1000 alunos do Brasil e da América do Sul em cursos de campo, entre eles o Ecologia da Floresta Amazônica – EFA, um dos cursos de campo a nível de pós-graduação mais conhecidos do Brasil, que é parte da grade curricular do PPG-Ecologia. O PDBFF é uma referência mundial para assuntos relacionados com a fragmentação florestal e a conservação florestal. Seus colaboradores nacionais e internacionais já produziram mais de 700 artigos científicos de alto impacto. O PDBFF é coordenado por José Luis Camargo.

PROJETO LBA - O LBA (Large Scale Biosphere-Atmosphere Interactions in the Amazon Basin) foi criado como um projeto internacional, em colaboração com os Estados Unidos e a União Europeia, até sua consolidação como um programa brasileiro sob gestão do então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O LBA abriga um grande número de projetos de estudo da dinâmica ambiental e da sustentabilidade dos serviços ambientais e sistemas de produção terrestres e aquáticos na Amazônia. Em 2014 iniciou uma nova fase do Programa, com 14 novos projetos multi e interdisciplinares. Em colaboração com o LBA foram criados quatro PPG na Amazônia Legal (PPG-Clima e Ambiente, Inpa/UEA, em Manaus-AM; PPG-Física Ambiental, UFMT, em Cuiabá-MT; PPG-Ciências Ambientais, UFPA/Embrapa/MPEG, em Belém-PA; e PPG-Recursos Naturais da Amazônia, UFOPA, em Santarém-PA). O LBA produziu, até hoje, mais de 1.500 artigos científicos e 600 alunos receberam sua titulação de mestrado ou doutorado em associação com o Programa, no Brasil e em outros países. Vários docentes do PPG-Ecologia atuam em projetos dentro do LBA.

PROJETO RAINFOR  - O Projeto RAINFOR (Rede Amazônica de Inventários Florestais) é uma colaboração internacional para estudos da dinâmica das florestas amazônicas, que abrigam 45% das florestas tropicais do mundo e armazenam 40% do carbono na sua vegetação terrestre. Desde o início dos anos 2000, o Projeto trabalha com parceiros em todas as nações da Amazônia, operando uma rede de parcelas florestais permanentes para monitorar o comportamento de árvores e dos processos do ciclo de carbono, e formar coleções extensas de solo e de dados biogeoquímicos de plantas. O RAINFOR é atualmente suportado por agências de financiamento no Brasil, Colômbia, Reino Unido e União Europeia, e é coordenado no Brasil por Carlos Alberto Quesada.

PROGRAMA AMAZON-FACE  O Programa Amazon-Face, coordenado pelo INPA, pela UNESP e pelo Oak Ridge Laboratory (Estados Unidos), é uma iniciativa sem precedentes, com a participação de insituições do Brasil, Estados Unidos, Europa e Austrália. O projeto simulará os efeitos do enriquecimento de CO2 atmosférico sobre a resiliência, biodiversidade e serviços ecossistêmicos da floresta, utilizando pela primeira vez nos trópicos a tecnologia Free-air CO2 Enrichment (Face), instalada em parcelas experimentais em uma das reservas florestais do INPA. Os efeitos do aumento de CO2 devido às mudanças globais em florestas tropicais seguem inexplorados e não têm apenas interesse científico, mas também implicações econômicas e ambientais significativas para a bacia amazônica e para os ciclos de carbono e da água globais. A infraestrutura experimental do Amazon-Face está aberta a propostas de projetos que objetivam testar o efeito do aumento de CO2 sobre componentes bióticos e abióticos do ecossistema, incluindo suas interações. O Programa é coordenado por Carlos Alberto Quesada.

INCT-SERVAMB - O INCT Serviços Ambientais da Amazônia está integrado com o grupo de pesquisa em estimativa de capacidade de suporte humano dos ecossistemas Amazônicos, liderado por Philip Fearnside, detentor dos prêmios Conrado Wessel e Chico Mendes, e o segundo pesquisador mais citado no mundo na área de aquecimento global. O grupo estuda processos e dinâmica do desmatamento, avalia impactos ambientais do desmatamento, o custo de serviços ambientais da floresta amazônica e a sustentabilidade de diferentes modos de desenvolvimento na Amazônia.

 PROJETO PELD - Projeto Ecológico de Longa Duração, inserido no “International Long Term Ecological Research Program - ILTER”, que atua em 21 países. O Inpa coordena, desde 1998, o sítio #1 (Manaus) do programa PELD/CNPq, e tem sido um modelo de geração de séries temporais de longo prazo de dados ecológicos para os trópicos. Uma das reservas incluídas no sítio #1, a Reserva Ducke, é um dos sítios de floresta tropical mais produtivos em pesquisa da América do Sul. Atualmente está em execução o PELD II – Impactos Antrópicos no Ecossistema de Floresta Tropical, Site Manaus (Reservas Florestais do INPA). O PELD II Manaus é coordenado por Flávia Costa.

CONVÊNIO INPA/MAX-PLANCK - O convênio de cooperação entre o INPA e a Sociedade Max-Planck, da Alemanha, foi formalizado no início da década de 1960 e é o mais antigo convênio de cooperação científica ainda em andamento na Amazônia. Durante décadas foi coordenado em parceria com o Instituto Max-Planck de Limnologia, em colaboração com Harald Sioli e Wolfgang Junk, duas referências mundiais em limnologia amazônica. A cooperação já gerou mais de mil trabalhos científicos sobre ecologia de áreas alagáveis da Amazônia e contribuiu significativamente para a formação de recursos humanos nesta área. Atualmente o convênio tem como contrapartida alemã o Instituto Max-Planck de Química, e é financiado principalmente por fontes brasileiras. O grupo de pesquisa é referência no Brasil e na América Latina em estudos de áreas úmidas na Amazônia. O projeto PELD-MAUA  (PELD Áreas Úmidas Amazônicas) foi aprovado em 2012 e está integrado no convênio e visa gerar e disponibilizar informações científicas sobre as áreas úmidas amazônicas, que cobrem cerca de 30% da região e são de fundamental importância ecológica e econômica, mas ainda pouco conhecidas. Ambos convênio INPA/Max Planck e PELD-MAUA são coordenados por Maria Teresa Piedade.

PROJETO IGARAPÉS  – Desde 2001 este projeto estuda o efeito da fragmentação e alteração da cobertura vegetal sobre a integridade estrutural e função de igarapés (riachos) amazônicos, usando abordagens experimentais para integrar dados ambientais dos igarapés e seu entorno com dados sobre a fauna associada ao meio aquático (peixes, invertebrados aquáticos, anfíbios, libélulas e aranhas). O projeto tem gerado importantes informações sobre a história natural e ecologia de igarapés, dos fatores que influenciam sua diversidade de espécies e dos efeitos de impactos antrópicos sobre estes ambientes extremamente vulneráveis. O Projeto Igarapés é coordenado por Jansen Zuanon.

PROJETO TEAM - O INPA coordena um de 19 sítios de estudo do Tropical Ecology Assessment and Monitoring (TEAM) Network, uma parceria entre Conservation International, Wildlife Conservation Society e Smithsonian Institute para monitorar, por meio de sistemas de câmera-trapping, a resposta de florestas tropicais às mudanças climáticas e alteração de hábitats. Os 19 sítios de monitoramento estão distribuídos na África, Ásia e América-Latina. Os dados coletados são analisados e disponibilizados publicamente de forma próxima a tempo-real. O TEAM-Manaus é coordenado por Wilson Spironello.

Apoio e Colaboração